Baixio das Bestas.
Mais uma vez, o cinema brasileiro mostra que não deviamos auto-rotularmos como "idiotas do cinema" e sim como "promissores".
Com cenas bem pesadas e chocantes, o filme chega à ser tão verossímil com essa sociedade, que passa uma sensação de vomito, mas não de agonia ou de nojo e sim uma forma mais abrangente de expulsar todo o rancor que nos temos por nos mesmos.
Às 01:05 da manhã, eu sai da sala de cinema com uma vontade enlouquecedora de gritar e pôr pra fora toda a amargura, mas acima de tudo, toda a realidade embrulhada que esse filme me passou.
Minha mãe ao tempo todo falava "como alguem assiste uma porcaria dessas?" e ao sair da sala chamei a mesma de hipócrita e tive vergonha de ouvir aquela frase besta, de uma pessoa que dorme ao meu lado.
Ao fim do filme, mesmo depois que pessoas morreram ou se satisfizeram por incompleto, tudo volta ao normal, à ser como era no começo do filme. Nada, absolutamente nada mudou. As ambições continuam as mesmas, a falta de pudor e a ignorância só fazem continuar constantes e a falta de educação e cultura fazem com que uma boa parcela dessas pessoas vivam em função do desmundo da carne.
Um espelho frio e doloroso de uma socidade decadente e esquecida.
Básico e obrigatório, para alguns pensadores desse novo Brasil.
Eu paro agora e penso, enquanto escrevo esse texto, se existem pessoas no mesmo Estado em que eu moro, sendo estupradas(de menores ou não) por culpa desse comodismo idiota e enquanto isso, dezenas de pessoas estam em suas festinhas futeis enchendo seus copos de vodka só pra fingirem que algo de bom aconteceu hoje, mas no fundo, em todos nos continua a mesma merda.
"A pobreza é como um câncer. por mais que exista algo de bom, ela vai desfinhando. e então ataca o pulmão, coração e por ai vai... a pobreza, vai socializar o mundo, um dia."
- Baixio das Bestas.
2 comentários:
ô menino, nao chame sua mãe de hipócrita! que coisa mais feia! deos castiags ok/
tipo assim... love dira paes, ok?
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